I Ação Social do Lio é concluída com sucesso
Gratidão pauta depoimento dos taxistas, atendidos gratuitamente pelos médicos
Nas primeiras horas da manhã, Enoia Nunes (centro da foto), já estacionava seu táxi na porta do Lio. Ela foi uma das taxistas atendidas pela equipe médica na última edição da Semana de Convergência, realizada de 19 a 21 de novembro, na sede do Lio. A Ação Social foi o ponto chave do evento: por meio desta atividade, o hospital firma seu compromisso com a sustentabilidade social e a oftalmologia humanizada. Todo o corpo clínico da organização esteve envolvido para realizar um atendimento oftalmológico completo e gratuito aos taxistas. Nesta primeira edição, o trânsito foi o tema social escolhido, já que a principal causa de deficiência visual no país é a falta do uso do óculos correto.
Na labuta profissional há 32 anos, apesar de todos os desafios do dia a dia, a taxista Enoia é uma apaixonada pela profissão e considera de fundamental importância um atendimento oftalmológico completo. “Nunca temos condições financeiras de custear uma consulta. Vários outros colegas precisam muito e o atendimento foi excelente”, disse a senhora, de 65 anos.
Para o senhor Hélio Camargo da Silva, taxista há 16 anos, o atendimento foi 100% positivo. Ele tem miopia e astigmatismo e precisa de consultas médicas frequentes. Carlos Magalhães, de 51 anos, agradeceu a toda equipe pelo empenho e nunca teve um atendimento oftalmológico completo. Já o presidente do Sindicato dos Taxistas de Goiânia, Silone Pacheco, fez uma avaliação positiva da iniciativa, já que a visão é uma ferramenta de trabalho do profissional. “A visão precisa é muito importante para o taxista. Muitos têm algum tipo de deficiência visual e cometem acidentes em função disso: por falhas na visão. Estamos muito felizes com essa ação”, declarou o taxista, que atua há 40 anos na área.
Balanço
Cerca de 90 taxistas foram atendidos pela equipe médica do Lio, durante a Ação Social. Muitos deles estavam há anos sem realizar uma consulta, como observou o diretor do hospital, dr. Italo Batista. “O ideal é que o exame seja feito pelo menos uma vez ao ano. Percebemos que alguns deles apresentam glaucoma e não sabiam disso”, informou. Os sintomas do glaucoma costumam se anifestar de cinco a dez anos após o surgimento de doença. “Muitas vezes quando esses sintomas manifestam, geralmente o paciente já está com uma lesão que é irreversível e o médico não consegue devolver a visão que ele já perdeu. O ideal é que a gente diagnostique a doença, antes que ela se torne perceptível a olho nu. E nós só percebemos isso através de um exame diagnóstico precoce, evitando a perda visual”, concluiu.